Uma pesquisa realizada pela Mars Petcare e divulgada pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária revela que 40% das pessoas não sabem se seus cães ou gatos estão com o peso ideal e quase 25% admitem que oferecem alimentos inadequados. Muitos tutores sequer sabem informar, durante a consulta com o médico veterinário, o nome do alimento que fornecem aos seus animais.
Negligenciar os cuidados relacionados à nutrição é um risco à saúde. O alerta é da médica veterinária Ana Elisa Arruda Rocha, professora do curso de Medicina Veterinária do UniCuritiba – instituição da Ânima Educação, o maior e mais completo ecossistema de ensino de qualidade do país.
“Muitos alimentos que nós ingerimos são inadequados para os pets. Outros são tóxicos e não devem ser oferecidos sob circunstância alguma. Para evitar problemas devemos oferecer alimentação equilibrada, segura e nas quantidades recomendadas para cada indivíduo”, ensina a profissional.
Alguns exemplos de alimentos contraindicados são: chocolate, cebola, uva, pães, massas, frituras, queijos e açúcar. Ossos de frango cozidos ou assados, apesar de não serem tóxicos, também oferecem risco, já que podem se quebrar em lascas pontiagudas e causar acidentes graves.
Sempre que houver suspeita de intoxicação alimentar ou ingestão de ossos inadequados, a orientação é procurar um médico veterinário imediatamente para que o tratamento seja instituído a tempo.
Em geral, os tutores devem priorizar boas fontes nutricionais na hora de alimentar seus pets, lembrando que alimentação natural formulada para pets e comida caseira de humanos são coisas completamente diferentes.
O que é melhor: ração ou alimentação natural?
As opiniões se dividem entre ração e alimentação natural, mas com os devidos cuidados ambas podem ser utilizadas. De acordo com a médica veterinária Ana Elisa Arruda Rocha, seja qual for a opção, é preciso levar em conta fatores como idade, porte, peso e estilo de vida do pet.
Outro detalhe é: a quantidade diária de alimento deve ser dosada corretamente, sempre com orientação profissional. “Isso é importante para evitar que o pet fique desnutrido ou com sobrepeso, condições que podem levar ao desenvolvimento de várias outras doenças”, ensina a professora do UniCuritiba.
Sobre a escolha entre ração ou alimentação natural, Ana Elisa comenta: “Seria estranho para mim, como profissional da saúde, dizer que alimentos industrializados são a melhor opção em todos os casos. A ração é um alimento industrializado com ampla variedade de opções no mercado. De modo geral, espera-se que contenha todos os nutrientes que o pet precisa e seu fornecimento costuma ser mais prático para os tutores.”
Essa opção, no entanto, requer atenção. “Ao menor sinal de hipersensibilidade a esse tipo de alimento, recomendo que o médico veterinário seja informado. Animais com alergias de pele, inflamações repetidas de ouvido, coceira, fezes amolecidas, gases e vômitos frequentes precisam passar por uma avaliação diferenciada em relação à alimentação, assim como pacientes portadores de doenças autoimunes ou com histórico de neoplasias”, explica a professora.
A alimentação natural requer um planejamento maior, tanto financeiro quanto operacional e Ana Elisa reforça: “Como o próprio nome diz, é mais natural, saudável e muito palatável. Desde que planejada e acompanhada por profissional especializado em nutrição, é sempre a minha primeira indicação.”
Afinal, o que escolher?
Decidir entre ração ou alimentação natural depende de alguns fatores. A melhor alimentação, ressalta a médica veterinária, é aquela que atende as necessidades fisiológicas do animal e, ao mesmo tempo, é viável para o tutor.
“Invista em profissionais especializados e que tenham interesse real em relembrar conhecimentos de anatomia, fisiologia e comportamento alimentar de cada espécie, pois este diferencial será decisivo para garantir saúde e longevidade ao seu pet”, aconselha a professora do UniCuritiba.
Clínica-escola
Inaugurada recentemente, a Clínica-escola de Medicina Veterinária do UniCuritiba oferece atendimento clínico e cirúrgico a animais de pequeno porte. O serviço é aberto à comunidade, com consultas de segunda-feira a sexta-feira, em horário comercial. O agendamento deve ser feito pelo telefone (41) 99979-4767. A clínica fica no Campus Milton Vianna Filho, no bairro Rebouças (rua Chile, 1.678).
Comentários