Setor de serviços cresce no Brasil


Em outubro de 2022, o volume de serviços no Brasil recuou 0,6% frente ao mês anterior (ponto mais alto da série histórica), na série com ajuste sazonal, após ter acumulado um ganho de 5,8% de março a setembro. O setor de serviços encontra-se 10,5% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia).

Segundo a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na série sem ajuste sazonal, ante igual mês de 2021, o volume de serviços teve sua 20ª taxa positiva consecutiva (9,5%). O acumulado do ano foi de 8,7% frente a igual período de 2021. O acumulado em 12 meses passou de 8,8% em setembro para 9,0% em outubro.

A área de facilities – que inclui os serviços de limpeza, copa, segurança, jardinagem, manutenção, recepção e portaria - também segue forte. Conforme levantamento da Fundação Instituto de Administração (FIA-SP), desde a pandemia, a terceirização deste tipo de serviço cresceu 94% nas empresas brasileiras. No Paraná, o saldo é positivo. Dos 147.955 novos postos de trabalhos abertos até outubro de 2022, grande parte das vagas é destinada ao setor: de cada 10 vagas, seis são para serviços.

Vantagens da terceirização
A terceirização é uma alternativa em que alguns dos serviços da companhia são delegados para outra empresa, de modo que ela possa se concentrar em suas atividades principais. De modo geral, todas as atividades que não sejam as atividades-fim podem ser terceirizadas, mas algumas costumam ser mais procuradas como limpeza, manutenção e reparos.

Entre os benefícios dessa transferência de responsabilidades estão a diminuição de erros no controle das documentações, a gestão de pessoas feita de maneira profissionalizada, a redução de custos com rescisões trabalhistas, trocas de funcionários ou faltas. O ganho de tempo com recrutamento e seleção, qualificação de pessoas e a verificação de resultados alcançados são outros itens que favorecem a terceirização.

Para a diretora executiva da Higicorp, o número de contratações aumentou 28% no ano passado e ela prevê incremento de 15% no começo de 2023. “Muitas organizações que têm funcionários próprios precisam de substitutos para cobrir férias, por exemplo, e essa opção garante eficiência e economia”, explica Lorena Diniz.

Mais idade, mais compromisso, mais vagas
Profissionais com mais idade também ganham espaço no mercado de trabalho, incluindo a área de facilities. Segundo o IBGE, em 2010 o percentual de pessoas idosas empregadas era de 7,32%. Nas projeções do instituto, este índice deve chegar a 25,5% em 2060. Por isso, a força de trabalho no país tende a ficar cada vez mais nas mãos de quem é experiente.

“O que faz diferença na contratação deste perfil é a experiência, comprometimento, disponibilidade, maturidade emocional, força de vontade e disposição. Isso tem despertado o interesse nas empresas, principalmente para 2023; ano em que muitas companhias devem retornar ao formato presencial”, diz Lorena.

Do total de 200 colaboradores, a Higicorp tem 64 funcionários pré-idosos (entre 40 a 50 anos) e outros 36 funcionários na categoria de idosos jovens (entre 50 e 65 anos).

“A qualidade do trabalho realizado pelas pessoas mais maduras é um diferencial para nossas novas contratações. Eles são mais comprometidos com horário, sabem seguir regras, gostam de se sentir mais úteis, usam a experiência de vida para agregar qualidade às atividades e aos relacionamentos interpessoais dentro do ambiente”, complementa Lorena Diniz.

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