Está desempregado? Corretor de Imóveis pode ser uma opção para voltar ao trabalho

Segundo dados do IBGE, do 2º trimestre de 2021, o Brasil possui 14,4 milhões de pessoas desempregadas. Desse total, 5,6 milhões são considerados desalentados, aqueles que já desistiram de procurar um emprego.

Em meio a essa crise, o setor imobiliário pode ser uma opção para quem não consegue colocação no mercado de trabalho: para ser corretor de imóveis é necessário somente ter o Ensino Médio completo, ser maior de 18 anos e fazer o curso Técnico de Transações Imobiliárias para obter o registro no CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis).

Somente no site do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI-PR), até a primeira quinzena de outubro, eram mais de 60 imobiliárias buscando corretores, a maior parte sem precisar de experiência prévia.

“Na minha equipe, metade dos corretores não eram do ramo antes. Começaram na profissão comigo. Uns há seis meses, uns há um ano. Você pode virar corretor e pode ser muito feliz e se identificar nessa profissão. Tem duas corretoras que eram advogadas, passaram na OAB, não gostaram da profissão e largaram do Direito para ser corretora de imóveis. Tenho vários exemplos aqui”, revela Fernando Galvão Puhl, diretor de Vendas de Imóveis Prontos da Galvão, imobiliária integrante da Rede Imóveis.

Embora exista a facilidade de aplicativos e sites de imóveis que permitem negociar por conta própria, o mercado para os corretores ainda continuar em alta pode ser explicado pelo fato de que negociações têm muitos outros fatores que uma pessoa fora do ramo da atividade não tem conhecimento.

“Eu sempre falo que cada um tem a sua profissão e deve focar nela. Se uma pessoa que não é corretora de imóveis e decide comprar sozinha uma casa, faz toda a negociação e depois descobre que ainda tem inventário para se fazer, que existe um rio canalizado embaixo que pode dar problema, existem várias questões, por isso é importante contar com um profissional especializado”, afirma Luciano Giongo Tomazini, diretor de Vendas da Cilar, imobiliária também integrante da Rede Imóveis.

Como é o dia a dia de um corretor?
Para quem sempre atuou em um esquema tradicional, contratado com carteira de trabalho, horário definido, salário mensal e benefícios, precisa ter em mente que a profissão de corretor de imóveis é autônoma na maioria das vezes.

“Algumas pessoas que vêm de outro ramo muitas vezes têm dificuldades por não ser uma profissão registrada, não ter ajuda de custo. Mas, por outro lado, qual outra profissão você pode fazer uma venda de R$ 1 milhão e ganhar R$ 20 mil reais em uma única venda?”, compara Galvão Puhl. Contudo, Tomazini lembra que é preciso se dedicar para isso. “Ganha-se de acordo com aquilo que você trabalha, a dinâmica é você quem faz”, salienta.

Ter boa comunicação, ser assertivo, gostar de ter contato com outras pessoas, saber escutar e manter-se constantemente atualizado, estudando e se informando, são os requisitos básicos para quem deseja ser um corretor. O trabalho engloba muito mais do que a procura por imóveis, divulgação e visitas – é preciso entender sobre todos os aspectos que influenciam na avaliação e conhecer todas as particularidades de documentação, escrituras e registro. “O corretor auxilia até mesmo no financiamento. É preciso se dedicar”, observa Tomazini.

Como em qualquer outro ramo de serviços, é preciso sempre pensar no cliente. No mercado imobiliário, embora pareça um jargão, os corretores lembram que eles são vendedores de sonhos. “Nós temos essa responsabilidade social no nosso trabalho de observar os sonhos das pessoas. E cada vez mais é preciso trabalhar pensando no cliente, na sociedade, não importa o ramo de atividade que você atua”, ressalta João Felipe Motter Gottschild, presidente da Rede Imóveis.

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