Em evento para o público universitário, promovido esta semana pela UniBrasil, em Curitiba (PR), o presidente da Renault, Olivier Murguet, afirmou que os investimentos da montadora em mídia, no Brasil, devem ser reforçados de março a dezembro. Isso porque a produção da fábrica de automóveis, instalada no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, esteve interrompida por dois meses, para realização de obras de ampliação da capacidade produtiva.
"Projetamos o ano de 2013 em dez meses", ressalta Murguet, que justifica a queda do investimento em mídia dos dois primeiros meses do ano pela falta de estoque nas concessionárias. Nesse período, a montadora apostou nas ações institucionais, como o retorno de marca na assinatura de espaços - a exemplo do Expo Renault Barigui, em Curitiba, e o Teatro Renault, em São Paulo - e ações sociais, como a ajuda ao Hospital do Câncer, de Londrina. "O que fica na cabeça do consumidor são as marcas inseridas no seu dia-a-dia", afirma o presidente. "Temos várias iniciativas ainda nas gavetas e que são surpresas", adianta.
O novo Clio é a grande aposta da montadora para retomar as vendas. "Ele é realmente a expressão do aprendizado da Renault como marca brasileira, pois atende uma categoria de clientes que precisam ter um carro com menor custo, aspecto moderno, sem abrir mão do conforto", destaca Murguet. "A Renault realmente entendeu o mercado o consumidor brasileiro. Ela faz produtos para os brasileiros e não produtos europeus", admite.
Em março, além do lançamento de novos produtos, a Renault investe no patrocínio do Festival de Teatro de Curitiba. Além da mídia tradicional, Murguet destaca o investimento da marca nas redes sociais: "com um milhão de fãs, a Renault é hoje a montadora número um do Brasil no Facebook", comemora.
As metas da Renault para 2013 são arrojadas. "Este será o ano da transformação", afirma Murguet, que experimentou em 2012 um crescimento produtivo de 24% - cerca de quatro vezes maior que o desempenho do mercado automotivo em todo o País. Ele prevê a produção de 250 mil carros, neste ano, atingindo 7% do mercado brasileiro (em 2012, a participação da montadora francesa foi de 6,65%). Segundo o executivo, até 2016, a participação da Renault deve passar para 8%, levando a marca a disputar o quarto lugar nacional de vendas com a Ford, num mercado de 4,5 milhões de veículos.
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